A garrafa da bolinha

Dia desses, estava eu pensando no que é que iria escrever aqui neste blog, quando me veio a idéia de falar sobre uma bebida muito comum por aqui e praticamente inexistente em qualquer outro canto do mundo: Ramune.

A bebida em si não tem nada de extraordinário; trata-se apenas de uma soda limonada um pouco menos doce do que as fabricadas no Brasil.

O que é legal, o que chama a atenção mesmo é o formato da garrafa e a maneira de abri-la: ela não tem uma tampinha metálica, mas uma bolinha de gude vedando o bocal!



É isso mesmo. Uma bolinha de vidro é colocada dentro da garrafa e, quando a mesma é preenchida com o líquido carbonatado, a pressão do gás carbônico se encarrega de "empurrar" a bolinha para cima e tampar a saída. Para abrir, você tem duas opções:

a) Usar o dedo para empurrar a bolinha de novo para dentro. Não recomendável pois, além de não ser higiênico (lavou as mãos direito, seu Zé, dona Maria?), pode acabar em acidente (dedo preso no bocal, dedo que vai com muita força na bolinha e faz explodir o líquido na cara, machucados etc.etc.);

b) Usar o abridorzinho de plástico que sempre é oferecido junto com a garrafa. Basta colocá-lo em cima da bolinha, dar uma empurrada não muito forte e voilà!

Tá, mas daí vem a pergunta: - Mas se eu inclinar a garrafa, a bolinha não vai cair de novo no bocal e fechar tudo, me impedindo de tomar a bebida?

Pois aí é que está a engenhosidade de seu inventor, o britânico Hiram Codd: a garrafa de vidro foi moldada de tal maneira que o seu gargalo se afunila, para não deixar a bolinha totalmente livre, leve e solta lá dentro e, além disso, ainda há duas "lombadas" em seu interior que servem como obstáculos para que a bolinha não volte a tapar a entrada. Basta posicionar a dita cuja de gude entre essas duas lombadas e beber à vontade sua soda limonada, de preferência bem geladinha.



Ah, não aguenta ou não quer beber tudo agora? Sem problema! Dá pra voltar a tampar a garrafa tranquilamente e metê-la na geladeira à espera de outros goles. Basta desviar a bolinha das lombadas e fazer com que ela se posicione de novo no bocal, inclinando bem a garrafa, que a pressão do gás (se ainda tiver, é lógico) faz o resto.

Acho que vendo como se abre fica melhor de entender:

2 japanetários:

tia Lu disse...

Rika,você é realmente hilária nos seus comentários. A gargalhada é fácil quando você diz "lavou as mãos direito,seu Zé, dona Maria?",referindo-se à maneira menos higiênica de abrir a garrafa de ramune.
Adorei também a crônica sôbre suas aventuras no museu.
Seu blog está ótimo!!!

Rika disse...

Arigatou, tia Lu!
Que legal q vc apareceu por aqui!
Pois é....Enquanto não consigo tirar meus contos no papel (ou tela do computador) tenho de ir me contentando em narrar um pouco de minhas aventuras aqui na Terra do Sol Nascente.

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