Feliz Natal!



Para todos vocês, meus caros leitores e leitoras (é, eu sei que isso parece fala de candidato...), os desejos de um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de muita coisa boa e, é claro, com bastante Japanisitices por aí!!!

Comparações...

São inevitáveis. Podem ser ridículas, podem ser desnecessárias, preconceituosas ou mesquinhas, mas sempre existem, mesmo que em nível subconsciente.

Pois foi só eu botar meus lindos pezinhos em terras tupiniquins, depois de um bom número de anos longe delas, para as comparações entre os dois países me atacarem de todos os lados. Vamos citar algumas:

Real versus iene



X




Quem diria que, alguns míseros anos atrás, a moeda brasileira era desprezada e desvalorizada, enquanto dólar e iene esbanjavam vitalidade e poder de compra? Lembro-me de ter até me sentido como uma ricaça há coisa de meia dúzia de anos passados, quando aportei em terras brasileiras recheada de ienes com valor nas alturas. Fiz a festa! Hoje a situação se inverteu e é o real que está dando baile nas combalidas notas estrangeiras. Estou sendo obrigada a pensar duas vezes antes de comprar qualquer coisa, além de pesquisar muito os preços e readquirir o hábito de pechinchar, inexistente no Japão.

Lesma com artrite reumática

Assim eu defino a velocidade de conexão no Brasil. Que agonia, que suplício, que verdadeiro deus-nos-acuda ter de usar a internet por aqui! Brasileiros conectados devem possuir uma paciência infinita, digna dos maiores ascetas budistas, para conseguirem navegar por estas águas cibernéticas paradas, sem nenhum vento ou motor para impulsioná-los. Ou será que eu sou muito azarada e só pego computador bichado da parentada (aqueles com disco rígido lotado, conexão discada e servidor meia-boca)?

Sei que há uma diferença muito grande entre o país do tudo-certinho e o país do carnaval (onde tudo acaba em samba...) em termos de evolução tecnológica, mas não imaginava que fosse tão abismal. Ai, que saudades da minha fibra óptica e dos vídeos do VocêTubo que carregam em 2 segundos!..

Entre topadas, tropeções e cocô de cachorro



Estou tomando uma lição de humildade das calçadas brazucas. Elas têm me obrigado a andar quase o tempo inteiro olhando para baixo e prestando atenção às suas mais mínimas e potencialmente fatais irregularidades para não cair. Nariz empinado, nem pensar! Pode levar a uma testa rachada e esfolamentos dos mais variados graus de gravidade... Sem contar os inúmeros desvios de cocô canino e outros dejetos de origem ignota...

Enquanto isso, do outro lado do mundo...praticamente nunca reparo onde estou pisando, pois a superfície que me sustenta é normalmente lisa e livre de quaisquer obstáculos.

Dizem que o partido que estava no poder no Japão desde 1955, o LDP (da sigla em inglês Liberal Democratic Party, 自民党 Jimin-tō, ou Partido Liberal Democrata), tinha um acordo com as firmas de construção e, por isso, o Japão vivia em obras. O que significa que as calçadas eram sempre mantidas em perfeito estado de conservação.

Agora que o partido de oposição, o DPJ (Democratic Party of Japan ou 民主党 Minshutō, Partido Democrata) conseguiu tomar o poder e eles prometeram não se curvar mais diante do cartel das construtoras, ninguém sabe como vai ficar a situação das obras em andamento, das estradas e, claro, das vias de pedestres...

Além disso, acredito que no arquipélago asiático não existem cães vira-latas, abandonados (pelo menos, nunca vi um), e quase todos os bichos que sentem necessidade de usar a "toalete" ao ar livre têm sempre um dono ou dona do lado munido/a de pazinha e saco plástico pra coletar a sujeira. Já no Brasil...


De que maneira se dá o dinheiro na hora de pagar pelas compras? Onde se joga o papel higiênico?

Vocês podem achar que se tratam de questões ridículas e triviais mas, para um japonês (ou uma expatriada de longa data como eu), as respostas para estas perguntas adquirem contornos relevantes e podem significar a diferença entre um(a) turista bem preparado(a) e a mais completa ignomínia.

A primeira pergunta me foi feita por uma senhora japonesa que, por ter parentes morando em São Paulo, ficou interessada em conhecer o Brasil.

Na Terra do Sol Nascente, você nunca pode colocar o dinheiro no balcão, todo largado, pois isso constitui uma falta de educação e um desrespeito para com a pessoa que trabalha no caixa. Normalmente, há sempre uma bandejinha que fica ao lado da caixa registradora ou é colocada à sua frente pelo funcionário(a) da loja para que você deposite a quantia a ser paga. Para os raros casos em que essa bandejinha estiver ausente, deve-se esperar que a outra pessoa estenda a mão para que o dinheiro lhe seja entregue.

Foto do blog Parazinet


Confesso que nunca tinha reparado como era esse processo no Brasil, mas respondi a essa senhora que não tínhamos muito método para fazê-lo, e que as bandejinhas definitivamente eram artigos inexistentes para tal fim.

E quanto ao destino do papel que se usa no banheiro? A resposta a essa pergunta ilustra muito bem como o hábito é uma coisa extremamente arraigada dentro de nós.



No Japão, todos os rolos de papel higiênico são feitos de tal maneira que se dissolvem em contato com a água. Assim, depois de ter feito o "serviço sujo", basta ir jogando o papel usado dentro do vaso sanitário (ou retrete, como dizem os meus amigos portugueses), dar a descarga e não pensar mais no assunto.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, os papéis nojentos têm de ser jogados em um cesto, que deve ser recolhido a intervalos regulares para que o mau-cheiro não se alastre demais. Esse lixo deve ser mais tarde queimado, o que consome tempo e dinheiro (alguém tem de fazer esse trabalho e tem de ser pago por isso), além de liberar gases na nossa tão abusada atmosfera.

Como eu já me habituei a rotineiramente jogar o papel dentro do vaso, o faço de maneira mecânica, sem o mínimo esforço para pensar. E, por conta disso, já devo ter entupido banheiros em pelo menos três estados brasileiros por onde passei, cigana do jeito que estou, a visitar parentes em todo canto...

Post Scriptum: As fotos foram colocadas às pressas (na corrida para publicar este artigo antes do Natal) e estão meio mal-ajambradas. Assim que dispuser de mais tempo, vou tratar de substituí-las por algo mais decente.

35 anos da gata sem boca



Novembro já chegou ao fim e eu acabei me esquecendo de mencionar esse ícone da meiguice, da moda e de todas as coisinhas fru-fru que completou 35 anos no dia 1o do dito mês, com direito a muita festa e diversos eventos espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Para quem não sabe, essa gatinha atende pelo nome de Kitty White, nasceu em Londres e tem uma irmã gêmea chamada Mimmy. Criada pela designer Ikuko Shimizu em 1974, a felina de lacinho (ou florzinha) na orelha esquerda já virou de tudo, desde enfeites pra cabelo, bolsas, bijuterias até guitarras Fender, carro da Mitsubishi e rifles (oh, my god!)!!

Também já desfilou modelitos elaborados por Karl Lagerfeld, John Galliano (Maison Dior), virou capa (e matéria) da Vogue Nippon e teve seu rosto cravejado de diamantes ou banhado em ouro puro.

Acessórios para celular Hello Kitty Dior. Foto do site Chip Chick


Hard Rock Café em Osaka


E pra quem achava que conseguiria se livrar dessa quadrúpede de bigode se escondendo no banheiro, aqui está a triste realidade:

Papel higiênico nos "sabores" (Hã? Alguém come isso?) melão e morango


Apesar de ser um produto inicialmente voltado para o público feminino infantil, hoje conta com uma legião de fãs entre as mulheres adultas e até mesmo entre os barbados. Já cansei de ver portadores do cromossomo Y exibindo a cara inconfundível da gata branca em acessórios dos mais variados por aqui.

Produtos Hello Kitty nos Estúdios da Universal


Desfile de Halloween


Há lojas oficiais espalhadas por todo o arquipélago e, por causa da fixação que algumas parentas minhas revelaram ter por essa bichana albina, me vi obrigada a frequentar esses locais e até mesmo possuir cartãozinho de pontos, porque os pedidos de compras nunca param.

Fachada de uma das trocentas lojas oficiais da gatinha


Aliás, minha mala veio lotada de vários itens Hello Kitty cuti-cuti do Japão até a terra brasilis. Logo, logo, devo preencher todo aquele bendito cartão de pontos e trocar, adivinhem pelo quê? Óbvio, mais Hello Kitty! É um círculo vicioso no qual me vejo inexoravelmente presa e incapaz de escapar, mas que faz a delícia de minhas primas, sobrinhas e cunhadas, além de engordar os bolsos dos executivos da Sanrio com meu suado dinheirinho.


Mais fotos desse bicho e seus produtos em outros blogs:

. Whorange - um monte de fotos de produtos HK.

. Style List - uma galeria de fotos com mais produtos ainda...

. Hello Kitty Hell - site hilário de um homem que tem de conviver com a hellokittymania da esposa que, para desgraça dele, é vendedora dos produtos da Sanrio.

Aviso aos navegantes



Ao meu seletíssimo grupo de leitores fiéis e para aqueles que acabam de "esbarrar" neste blog, aviso que não vou poder escrever artigos para o Japanisitices por mais ou menos umas três semanas. O motivo, garotada, é que estou de malas prontas para ir para o BRASIL, SIL, SIIIILLLL!!!

É isso mesmo. Vou curtir umas férias e matar saudades da comida da mamãe (e da mamãe também, é claro! :), aproveitar pra fugir do friozão brabo aqui do arquipélago, rever o povo que ainda se lembra de mim e me entupir de tanto comer mandioca crua, iuupiii!!!

Bom, eu falei mais ou menos umas três semanas sem artigos porque vou desbravar o interiorzão do Brasil, e as chances de que vou ter acesso a internet são mínimas. Mas, assim que tiver uma oportunidade, volto a postar. Espero escrever pelo menos uns dois artigos antes do Natal, por isso, não desanimem e podem começar a cantar Jinguru Berusu (Jingle Bells) e ajeitarem a árvore tranquilamente que ainda vem mais Japanisitices por aí...

Pra terminar: se vocês dispuserem de uma conta no Blogger e quiserem ser avisados quando eu atualizar por aqui, basta clicarem no canto superior esquerdo desta página, onde tem escrito "Follow" ou "Seguir este blog" ou algo do gênero e pronto. Assim que eu publicar coisa nova, ficará registrado no campo "Atividades" de sua conta no Blogger e, a próxima vez em que entrar nela, verá que o Japanisitices foi atualizado (aaai...espero que essa minha explicação apressada não tenha sido muito confusa...São quatro e meia da matina e eu ainda tô aqui, acordadona, acertando os últimos detalhes antes de minha partida.).

Até a próxima, pessoal!

Pepsi sabor feijão!

Alguém disse uma vez que as papilas gustativas dos japoneses são diferentes das do resto do mundo e, apesar de eu não gostar muito de generalizar, sou obrigada a reconhecer que isso parece fato. Pois quem, se não eles, pra inventarem um refrigerante com sabor tão esdrúxulo como esse?

A novidade foi lançada em 20 de outubro, mas somente poucos dias atrás tive a oportunidade de encontrar alguns exemplares à venda no supermercado perto de minha casa.

No meu caso, não bastou ver nas prateleiras para crer. Tive também que comprar e experimentar para ter certeza de que o negócio era real mesmo.

Por incrível que pareça, apesar de não conter nenhum traço de azuki (feijão menor que o carioquinha e de cor vermelha), com ingredientes 100% artificiais, eles conseguiram recriar o sabor do feijãozinho japonês de maneira quase perfeita.



Portanto, senhoras e senhores, aqueles que já leram meu artigo "Sabores Estranhos de Sorvete" sabem que meu veredicto não poderia ser outro: gostei da bebida!



Não é de hoje que a Pepsi vem tentando inovar no setor de refrigerantes de sabores esquisitos no Japão. Vocês aí devem se lembrar de ter visto a notícia (saiu na Folha de São Paulo e no site Kibe Loco) de quando a empresa inventou uma Pepsi sabor pepino, há coisa de mais ou menos dois anos.



As vendas devem ter sido muito boas, pois decidiram continuar testando os limites do gosto humano e, ano passado, se saíram com uma Pepsi sabor Blue Hawaii, um tipo de coquetel feito à base de rum, suco de abacaxi e licor Curaçao. Obviamente que não criaram nenhuma pepsi de teor alcoólico; os ingredientes são todos extremamente artificiais.

Esta eu não gostei muito, apesar da belíssima e cintilante cor azul-turquesa-radioativo... O sabor parecia com o daqueles chicletes tutti-frutti, dos quais eu nunca fui muito fã.



Em junho desse ano, inventaram de novo, dessa vez uma Pepsi sabor Shiso, um tipo de planta (gênero Perilla) da mesma família da hortelã que é normalmente comida junto com sashimi ou utilizada em saladas por aqui.





Esta pepsi também caiu nas minhas graças: o sabor marcante e exótico da shiso (lê-se como "chissô") dava um toque bem refrescante à bebida. E o cheiro...maravilhoso! De todas as pepsis de sabores estranhos, foi a que mais me agradou.

Pena que todos esses lançamentos são por tempo limitado: duram apenas três meses (uma estação) e depois somem, para nunca mais voltar...snif,snif...

Kaōs e carimbos

Alguns dias atrás recebi uma encomenda entregue por takkyuubin (宅急便 Serviço de entregas em domicílio). Na hora de assinar o recibo, em vez de pegar a caneta e escrever meu nome, como faria aí no Brasil, corri até a gaveta e saquei o meu mitomein (認印), carimbo de assinatura.

Para receber pacotes do correio ou cartas registradas, dá pra assinar com um carimbo feito de plástico, com apenas o sobrenome escrito, encontrado facilmente em lojas do tipo 1,99 (que no Japão são chamadas de lojas de 100 ienes ou hyaku (y)en, como se diz por aqui). Adoro fazer compras lá!
Foto: Angie. Encontrada na Wikipédia.


Quando vou ao banco e tenho de autenticar algum documento, de novo tenho de sacar um carimbo, desta vez chamado de ginkoin (銀行印, literalmente, carimbo de banco).

Para qualquer procedimento ou registro em que o nome de uma pessoa tenha de ser verificado além de qualquer dúvida, os japoneses usam carimbos especiais, que no geral são chamados de inkan (印鑑) ou ainda hanko (判子: Lê-se "ranco"), mas ganham nomes específicos dependendo de seu propósito, como os já mencionados mitomein e ginkoin.

Quando se trata de algum negócio mais sério, como fechamento de contratos, compra e venda de imóveis ou casamento, o carimbo utilizado contém o nome completo da pessoa de maneira bem estilizada e é chamado de jitsuin (実印).



O jitsuin é um carimbo tão importante que tem de ser registrado oficialmente na prefeitura mais próxima do local onde a pessoa mora. Ao registrá-lo, ganha-se um tipo de carteirinha, que também pode ser requerida junto com o jitsuin na hora de selar algum contrato de negócio ou matrimônio.

Sua confecção normalmente exige um profissional especializado, os materiais utilizados são de melhor qualidade (pedra, âmbar, madeiras nobres...nada de plástico!) e deve ser guardado num lugar absolutamente seguro, como um cofre, ou debaixo de sete chaves, como diz o dito popular.

Exemplos de materiais utilizados na confecção de um jitsuin: Ébano (madeira rara) e ágata (uma variante de quartzo)


Se você tiver a infelicidade de ter o jitsuin roubado ou falsificado, é como se alguém se apossasse de todos os seus documentos de identificação e ganhasse acesso livre e controle sobre toda sua vida como cidadão. Daria uma dor de cabeça danada ter de provar que sua "assinatura" não foi feita por você e que aquela compra de milhões não foi efetivada em seu nome...


Alguns exemplos de estojos para o armazenamento de inkan, em que as almofadinhas de tinta normalmente vêm junto. Alguém aí adivinha qual desses estojos abriga um legítimo jitsuin?


Mas, e quanto a assinaturas de verdade, aquelas feitas de próprio punho? Existem aqui no Japão? Sim, existem, mas como quase tudo que envolve escrita neste canto do globo, ganhou status de obra de arte.

Uma kaō (a palavra normalmente é escrita assim: 花押 e significa, literalmente, "que retém (a forma de) uma flor") é um tipo de assinatura altamente estilizada, marca ou monograma utilizado para expressar não apenas o nome do indivíduo, mas também suas mais profundas aspirações, sonhos e desejos.

Surgiram primeiro na China (em mandarim, fala-se huāyā, mas os caracteres utilizados são os mesmos adotados pelos japoneses) durante a Dinastia Tang, por volta do século VIII.

No Japão, começaram a ser usadas durante o período Heian (foi descoberta uma kaō de um tal de Sakanoue Tsuneyuki [1] datada do ano 933).

Primeiramente, foram usadas apenas por membros da aristocracia (funcionários da corte, nobres e samurais), mas, no final do século XI, pessoas comuns também puderam criar suas próprias kaō(s), embora tivessem de trazer junto o seu nome escrito de maneira simples para serem aceitos como confirmação de negócio.

Diz-se que, ao longo de sua vida, Oda Nobunaga (1534-1582), um célebre senhor feudal (daimyo) do Período Sengoku ("Guerras Civis" ou "Guerras Internas") trocou de kaō dez vezes. Isso porque, à medida que suas ambições mudavam de rumo (e se tornavam mais grandiosas), fazia-se necessária uma assinatura que refletisse essas mudanças. Ou porque, mesmo naquele tempo, já existiam pilantras falsários que se apoderavam de um exemplar de assinatura e o copiavam à perfeição, obrigando o senhor feudal a mudar periodicamente seus rabiscos...

Uma das dez kaō(s) utilizadas por Oda Nobunaga


Além dele, vários outros personagens históricos importantes também criaram sua próprias assinaturas estilizadas. Dentre eles, os ditos "sucessores" de Nobunaga na sua tarefa de unificar o Japão: Toyotomi Hideyoshi [2] e Tokugawa Ieyasu:

Kaō de Toyotomi Hideyoshi

Kaō de Tokugawa Ieyasu


Apesar de seu uso ter caído em declínio após o período Edo (1603-1867), esse estilo de assinatura ainda continua sendo usado por alguns políticos e pessoas famosas.

A leitura e identificação de cada kaō normalmente requer conhecimento especializado; livros inteiros dedicados ao assunto já foram publicados. Muitos desses livros foram escritos por um tal de Mochizuki Kakusen 望月 鶴川 [3], que parece estar se esforçando mesmo para ressuscitar a moda das kaō, mostrando-as como uma refinada obra de arte e, obviamente, lucrando com a administração de cursos para o aprendizado dessa assinatura estilosa.

Fontes de referência:

1) Os artigos "Hanko" e "Kaō na Wikipédia em inglês.
2) A página em português do site oficial da cidade de Ritto (Shiga-ken) sobre "Inkan".
3) A página em japonês sobre "História da Kaō", no site Kakusen Ryu.

Notas explicativas:

[1] Não tenho muita certeza de ter traduzido corretamente o nome desse indivíduo. Será que é Tsuneyuki mesmo? Se alguém puder me ajudar a confirmar (ou não) o primeiro nome desse personagem obscuro da história, fico agradecida: 経行. Nomes próprios são difíceis de ler em kanji até mesmo para os próprios japoneses, que sempre pedem que, logo em cima do nome escrito em caracteres chineses, venha a leitura dos mesmos escrita em um dos silabários mais simples utilizados por eles, hiragana ou katakana. Sem nenhum desses outros alfabetos pra me ajudar, acabei meio que "chutando" o nome do cara... Apenas o sobrenome dele consegui confirmar certinho: 坂上= Sakanoue.

Um adendo: pra quem ainda não sabe ou está lendo este blog pela primeira vez, eu sigo a ordem japonesa na hora de escrever os nomes: sempre o nome da família (sobrenome) vem primeiro, e por último vem o "primeiro" nome do dito cujo.

[2] Não providenciei nenhum link do Toyotomi Hideyoshi para a Wikipédia em português (ou qualquer outra fonte de informações nessa língua) porque considero o artigo de lá como desinformativo, muito mal-escrito e capenga. Se alguém quiser saber mais sobre um dos grandes senhores feudais do Japão, recomendo que compre um livro específico sobre o homem, porque na net não consegui encontrar nada que preste... Aliás, também não coloquei link para o Oda Nobunaga pelo mesmo motivo.

Que desgosto que dá ver nossa bela língua, esta última flor do Lácio, tão inculta, maltratada e pisoteada pelos seus próprios falantes!

[3] A Wikipédia (novamente ela!) traz o nome desse distinto como MochiDuki Kakusen. Dessa vez, não se trata de erro de nenhuma das partes: eu escrevi da maneira como o nome dele seria pronunciado; a Wikipédia optou por escrever da maneira como um teclado japonês transcreveria o nome do cara para alfabeto romano.

This is Halloween

Mês das bruxas, outubro nos trouxe mais um desfile no parque dos estúdios da Universal em Osaka.

Entrada do parque decorada pro Dia das Bruxas


E pra vocês que pensam que a gente vive nesse parque, é bom eu esclarecer que adquirimos o passe de um ano, com direito a entrada livre praticamente todos os dias (menos alguns feriados e dias em que o lugar lota) até fevereiro do ano que vem.

E pegamos um super descontão nesse passe, cortesia da H1N1 (é isso mesmo, a gripe suína!), que atingiu feio a região de Kansai (onde Osaka está situada) e espantou a freguesia. Pra tentar evitar uma crise braba, a administração do parque começou a oferecer um monte de atrativos para incentivar o povo a não deixar de passear por lá. E um desses incentivos era o passe, vendido a um preço ínfimo.

Por isso, caras leitoras e estimados leitores, tenho comigo trocentas fotos desse bendito parque sem ter de gastar rios de dinheiro para entrar múltiplas vezes. E vocês pensando que eu tinha ganhado na loteria, hein? Bem, só tenho a dizer uma coisa: continuem na torcida, ehehehe...


O conde contador da Vila Sésamo

Pica-Pau, assistente de bruxa?


Santa cópia pirata, Batman! Eles fizeram um Sesamóvel!













Aracnomania





Happy Halloween!

E mais outro: A Princesa e o Cavaleiro

Dessa vez estou tentando atender ao pedido da Kissy, feito lá no meu artigo Sessão Retrô.

Mas só vou poder atender a um terço do seu pedido, porque não disponho de nenhuma foto do desenho do Pinóquio nem dos Cavaleiros da Távola Redonda no momento. Vou continuar procurando mas, por enquanto, mato sua vontade de (re)ver o desenho da Princesa e o Cavaleiro:

Efígie de bronze da Princesa Safiri logo na entrada do Museu Osamu Tezuka, em Takarazuka


Estátua da princesa no museu-loja dedicado a Tezuka, em Quioto. Não repare nesse ursinho de pelúcia em cima do chapéu dela fazendo propaganda descarada da Coca-Cola (que eu não bebo); ele fazia parte de um outro pedido que me fizeram...


Cartaz com o anjinho Tink


Capa de um mangá da "Princesa e o Cavaleiro", mostrando Safiri disfarçada com peruca loira e vestido, a única maneira que encontrou de participar do baile e dançar com o príncipe Franz.


Além da princesa Safiri, as histórias contavam com mais estes personagens:

Príncipe Franz e a mãe de Safiri


Tink e Sir Nylon


Duque Duralumínio e Madame Inferno (essa personagem foi criada bem mais tarde por Tezuka. Antes, no lugar dela, havia um vilão chamado Satã)


Plástico, filho do duque e Hécate (que algum "anarfa" nos Estados Unidos traduziu como Heckett e o povo no Brasil também acabou adotando esse nome esdrúxulo para a filha de Satã/madame Inferno)


Tinha outros, como o capitão Blood, pirata que acabou se apaixonando por Safiri, e a babá que cuidava dela e era uma das poucas a saber o segredo da princesa.

Quem quiser saber um pouco mais da história, dê uma olhada na página oficial do mangá no Brasil, ou nos sites Memory Chips e InfanTv.

Mais um pedido atendido: Ultraman

Há muuuito tempo, quando os dinossauros dominavam a Terra, um amigo muito querido e otaku de plantão me pediu encarecidamente fotos dos Ultra, Man e Seven.

Pois é, muita água correu por baixo deste moinho enferrujado e quase abandonado mas, como a perseverança é uma qualidade, e das boas, e uma puxada de orelha também se revelou muito producente, aqui estão as fotos, nhô Luís!


Família Ultra

Ultra Hero Collection box


Enfeite de celular com a figura do tenente Hayata (humano que se transforma no Ultraman) com carinha de Q Pie



Ultra Vilões

Uahuahuahuahuah! Estes aqui em cima não tem como deixar de comentar: eita bichos esquisitos! O pessoal do departamento de criação da Tsuburaya Productions deve ter fumado muuuuito pra conseguir elaborar esses seres tão...alienígenas! Ou se divertiram pra caramba num concurso de "Vamos ver quem cria o monstro mais ridículo"...

De todos os feiosos, conheço o nome apenas de um, o do feioso número 2, com pinças de caranguejo e pose charmosa: Baltan. Ele é um dos vilões mais populares do Ultraman, e apareceu em uma pá de episódios pra atormentar a vida de nosso herói. E, não sei por que, ganhou o apelido de "Ninja do espaço". Era um dos antagonistas mais poderosos da série.

Quanto ao resto... O primeiro monstro parece uma mistura à la Frankenstein, um híbrido de morcego, rinoceronte, espigas de milho (olhem aquelas pernas!) e Capitão Gancho. O terceiro horrendo é um transformer que passou por uma mutação genética e adquiriu sérios problemas de pele no processo. O quarto bicho (primeiro da linha de baixo) é refugo da Fashion Week. O quinto, outro híbrido, dessa vez de tartaruga, pintinho, cofre de porquinho (notaram aquele aparente escudo no peito dele? Aquilo lá se abre e solta, sei lá, raios mortais?) e simbologia bélica (aquele formato de Pentágono deve querer dizer algo, não? Ou é muita paranóia minha?). Já o último monstrengo deve ter sido uma tentativa de criar outro membro da família Ultra que resultou em desastre: alguém deve ter deixado a roupa recém-confeccionada muito perto do fogo, que deformou o capacete e derreteu e espichou os dedos da luva esquerda. Daí, como o povo não quis jogar nada fora e reaproveitar o material, decidiram transformá-lo em gêmeo mutante maligno do Ultra-herói.

Outro penduricalho pra celular, dessa vez com o charmoso vilão Baltan


Nossa, vovozinha, que pinças tão grandes você tem!


Quem será esse, clone de alguma criatura do H.P. Lovecraft? As mãos são destacáveis!

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