This is Halloween

Mês das bruxas, outubro nos trouxe mais um desfile no parque dos estúdios da Universal em Osaka.

Entrada do parque decorada pro Dia das Bruxas


E pra vocês que pensam que a gente vive nesse parque, é bom eu esclarecer que adquirimos o passe de um ano, com direito a entrada livre praticamente todos os dias (menos alguns feriados e dias em que o lugar lota) até fevereiro do ano que vem.

E pegamos um super descontão nesse passe, cortesia da H1N1 (é isso mesmo, a gripe suína!), que atingiu feio a região de Kansai (onde Osaka está situada) e espantou a freguesia. Pra tentar evitar uma crise braba, a administração do parque começou a oferecer um monte de atrativos para incentivar o povo a não deixar de passear por lá. E um desses incentivos era o passe, vendido a um preço ínfimo.

Por isso, caras leitoras e estimados leitores, tenho comigo trocentas fotos desse bendito parque sem ter de gastar rios de dinheiro para entrar múltiplas vezes. E vocês pensando que eu tinha ganhado na loteria, hein? Bem, só tenho a dizer uma coisa: continuem na torcida, ehehehe...


O conde contador da Vila Sésamo

Pica-Pau, assistente de bruxa?


Santa cópia pirata, Batman! Eles fizeram um Sesamóvel!













Aracnomania





Happy Halloween!

E mais outro: A Princesa e o Cavaleiro

Dessa vez estou tentando atender ao pedido da Kissy, feito lá no meu artigo Sessão Retrô.

Mas só vou poder atender a um terço do seu pedido, porque não disponho de nenhuma foto do desenho do Pinóquio nem dos Cavaleiros da Távola Redonda no momento. Vou continuar procurando mas, por enquanto, mato sua vontade de (re)ver o desenho da Princesa e o Cavaleiro:

Efígie de bronze da Princesa Safiri logo na entrada do Museu Osamu Tezuka, em Takarazuka


Estátua da princesa no museu-loja dedicado a Tezuka, em Quioto. Não repare nesse ursinho de pelúcia em cima do chapéu dela fazendo propaganda descarada da Coca-Cola (que eu não bebo); ele fazia parte de um outro pedido que me fizeram...


Cartaz com o anjinho Tink


Capa de um mangá da "Princesa e o Cavaleiro", mostrando Safiri disfarçada com peruca loira e vestido, a única maneira que encontrou de participar do baile e dançar com o príncipe Franz.


Além da princesa Safiri, as histórias contavam com mais estes personagens:

Príncipe Franz e a mãe de Safiri


Tink e Sir Nylon


Duque Duralumínio e Madame Inferno (essa personagem foi criada bem mais tarde por Tezuka. Antes, no lugar dela, havia um vilão chamado Satã)


Plástico, filho do duque e Hécate (que algum "anarfa" nos Estados Unidos traduziu como Heckett e o povo no Brasil também acabou adotando esse nome esdrúxulo para a filha de Satã/madame Inferno)


Tinha outros, como o capitão Blood, pirata que acabou se apaixonando por Safiri, e a babá que cuidava dela e era uma das poucas a saber o segredo da princesa.

Quem quiser saber um pouco mais da história, dê uma olhada na página oficial do mangá no Brasil, ou nos sites Memory Chips e InfanTv.

Mais um pedido atendido: Ultraman

Há muuuito tempo, quando os dinossauros dominavam a Terra, um amigo muito querido e otaku de plantão me pediu encarecidamente fotos dos Ultra, Man e Seven.

Pois é, muita água correu por baixo deste moinho enferrujado e quase abandonado mas, como a perseverança é uma qualidade, e das boas, e uma puxada de orelha também se revelou muito producente, aqui estão as fotos, nhô Luís!


Família Ultra

Ultra Hero Collection box


Enfeite de celular com a figura do tenente Hayata (humano que se transforma no Ultraman) com carinha de Q Pie



Ultra Vilões

Uahuahuahuahuah! Estes aqui em cima não tem como deixar de comentar: eita bichos esquisitos! O pessoal do departamento de criação da Tsuburaya Productions deve ter fumado muuuuito pra conseguir elaborar esses seres tão...alienígenas! Ou se divertiram pra caramba num concurso de "Vamos ver quem cria o monstro mais ridículo"...

De todos os feiosos, conheço o nome apenas de um, o do feioso número 2, com pinças de caranguejo e pose charmosa: Baltan. Ele é um dos vilões mais populares do Ultraman, e apareceu em uma pá de episódios pra atormentar a vida de nosso herói. E, não sei por que, ganhou o apelido de "Ninja do espaço". Era um dos antagonistas mais poderosos da série.

Quanto ao resto... O primeiro monstro parece uma mistura à la Frankenstein, um híbrido de morcego, rinoceronte, espigas de milho (olhem aquelas pernas!) e Capitão Gancho. O terceiro horrendo é um transformer que passou por uma mutação genética e adquiriu sérios problemas de pele no processo. O quarto bicho (primeiro da linha de baixo) é refugo da Fashion Week. O quinto, outro híbrido, dessa vez de tartaruga, pintinho, cofre de porquinho (notaram aquele aparente escudo no peito dele? Aquilo lá se abre e solta, sei lá, raios mortais?) e simbologia bélica (aquele formato de Pentágono deve querer dizer algo, não? Ou é muita paranóia minha?). Já o último monstrengo deve ter sido uma tentativa de criar outro membro da família Ultra que resultou em desastre: alguém deve ter deixado a roupa recém-confeccionada muito perto do fogo, que deformou o capacete e derreteu e espichou os dedos da luva esquerda. Daí, como o povo não quis jogar nada fora e reaproveitar o material, decidiram transformá-lo em gêmeo mutante maligno do Ultra-herói.

Outro penduricalho pra celular, dessa vez com o charmoso vilão Baltan


Nossa, vovozinha, que pinças tão grandes você tem!


Quem será esse, clone de alguma criatura do H.P. Lovecraft? As mãos são destacáveis!

O Rock do Dragão

Ah, esses vídeos da NHK! Realmente, não dá pra resistir...Ainda mais quando eles mostram umas musiquinhas tão legais como essa daqui, que tem o título de Do!Do!Do! Doragon, embora eu a tenha rebatizado de Rock do Dragão.

ATUALIZAÇÃO: Infelizmente, o vídeo do VocêTubo foi retirado do ar por violação dos direitos autorais, a pedido da NHK, detentora dos mesmos.

Apesar de todas as japanisitices que presenciamos aqui no arquipélago, não pensem que esse é um grupo de rock malucão, cujos membros adotam vestimentas peculiares. Os "roqueiros", na verdade, são apresentadores de um programa infantil chamado Okaa-san to issho ("Junto com a mamãe", em português), que é recheado de músicas e coreografias simples pra criançada (e alguns adultos, esta blogueira incluída) se divertir.

Eu não canso de procurar vídeos desse programa no VocêTubo, pois quase todos são bem interessantes, engraçados e me ajudam a melhorar o meu japonês ainda capenga.

Vamos à tradução (não muito literal):

Se você olhar de frente é um monstro, grr, grrr!
Se mirar de lado é (como se fosse) uma serpente enorme rastejando
Se vir por trás é uma águia gigante batendo as asas
Isto é um dragão
Um dragão que cospe fogo

Do! Do! Do! Dragão!
Dodododododododo dragão

Agora mesmo ele pode estar atrás da gente
Ou talvez esteja nos observando de lado
Pode ser que venha até a frente do restaurante*
Este é um dragão
Um dragão de quatrocentos anos

Do! Do! Do! Dragão!
Dodododododododo dragão

Desde que saiu do ovo vive sozinho
Na verdade, ele queria ter amigos
Mas é solitário e tímido...será mesmo?
Você é um dragão
Um dragão assustador Aahhh!

Do! Do! Do! Dragão!
Dodododododododo dragão
Vamos brincar de esconde-esconde até sermos encontrados

Dragão! Dragão! Dragão!

*A letra original fala ramen ya-san, que traduzido literalmente seria algo como "o cara da loja de ramen" ou "vendedor da loja de ramen". Às vezes, os japoneses se referem a lugares pelo nome das profissões que a eles se referem, da mesma maneira como dizemos "Vou no dentista" em vez de "Vou ao consultório odontológico". Assim, em vez de dizer simplesmente ramen ya (lit.: "loja de ramen"), eles usam o termo さん (san), que colocado depois do sobrenome de alguém, significa "senhor","senhora" ou "senhorita" mas, colocado depois do nome de um estabelecimento comercial, se refere à(s) pessoa(s) que trabalha(m) nele ou ao próprio estabelecimento.

Ramen ou Lamen vocês devem saber do que se trata, graças aos populares lamens da Nissin-Miojo aí no Brasil. Ramen ya trata-se de um restaurante que é especializado na confecção de pratos com macarrão do tipo ramen. São muito populares aqui no Japão, por serem locais para uma refeição rápida e barata.

Sabores estranhos de sorvete III

Algum de vocês, corajosas criaturas com estômago de ferro, gostaria de saborear um sorvete de jiló ou algo de sabor semelhante? Sim? Então, a resposta para suas preces já pode ser atendida, se você fizer o favor de prestar uma visita a Ohatendori, uma rua comercial em Osaka...

O sorvete não é de jiló; na verdade, o troço chama-se goya (lê-se como "gôia"), mas o sabor é tão amargo quanto o do fruto do jiloeiro.



Não sei quem foi o desvairado(a) que pensou em inventar essa "iguaria", mas deve ter sido algum foragido de Okinawa, onde essa cucurbitácea é cultivada e amplamente consumida (como eles conseguem?).

Aliás, isto me fez lembrar de uma de minhas viagens para aquele aprazível e paradisíaco arquipélago no extremo sul do Japão.

Visitando Naha, a capital da província de Okinawa, e querendo me entrosar mais com a gastronomia e cultura locais, acabei entrando num restaurante fast-food que se anunciava como o único do país a se especializar em produtos feitos a partir de goya.

Como eu nunca tinha ouvido falar na coisa nem conhecia seu sabor (eu era feliz e não sabia!), fiquei curiosa e desejei (ai de mim!) experimentar alguns dos lanches de lá. Pedi um combo que consistia em: hambúrguer de goya, suco de goya e goya rings, ou seja, uma overdose desse legume (?) pra ninguém botar defeito!



Devo admitir que o hambúrguer até que era comestível. Não era feito de carne, mas de uma mistura de hambúrguer de soja com omelete e a tal da goya. Acho que o amargor foi meio que "diluído" pelos outros ingredientes e deu pra comer até o fim numa boa. Os goya rings também não foram impossíveis de encarar, por causa desse meu hábito nada saudável de adorar frituras. Mas o suco... Meus amigos, bastou um gole para que meus olhos saltassem das órbitas e eu praticamente cuspisse a bebida na cara do infeliz que me acompanhava! O horror! O horror!!!

Por isso, espero que vocês compreendam, mas quando eu vi aquele cartaz em Ohatendori anunciando sorvete de goya pra vender, não tive ânimo, coragem e estômago suficientes pra experimentar a coisa. Não pude fazê-lo pelo bem da ciência, muito menos do meu estômago e, além de tudo, a sobremesa era cara, sendo vendida por absurdos 450 ienes! Pra vocês terem uma idéia, um sorvete da Häagen-Dazs, zilhões de vezes mais gostoso do que essa monstruosidade, custa por volta de 250 ienes...

Makibishi

Como ainda não consegui deixar o modo ninja do artigo anterior, acabei inclinada a falar um pouco sobre makibishi ou tetsubishi (qualquer um dos dois nomes serve para identificar a mesma coisa).

Foto retirada do site Vila Naruto


Inicialmente, estas pequenas versões inanimadas de ouriços eram apenas bolas de metal com espinhos (o número de extremidades pontiagudas variava de quatro a um monte, recobrindo toda a superfície da esfera), utilizadas pelos shinobi para facilitar sua fuga, retardando o passo de seus perseguidores. Como naquele tempo até mesmo os samurais costumavam usar um tipo de sandália de palha conhecida como zori, entende-se como esses guerreiros eram suscetíveis a qualquer ataque envolvendo seus praticamente desprotegidos pés.

Com a passagem dos anos e um toque a mais de crueldade, os makibishi evoluíram para uma forma mais letal, passando a conter veneno em suas pontas ou simplesmente fezes de animais, na esperança de que o infeliz espetado por essa arma suja contraísse tétano e morresse dentro de poucos dias (carinhas "legais", esses ninjas, hein?).

Encontrei o vídeo abaixo quando estava procurando por um número de mágica. Ele pertence a algum tipo de empresa que produz artigos para apresentações de mágicos ou sessões espíritas de araque, e mostra como eram utilizadas estas armas. Não me perguntem o que makibishi tem a ver com prestidigitadores; os curiosos podem seguir o link que é apresentado ao final do vídeo.



O que essa voz pra lá de falsa tentando imitar uma japonesa falando inglês errado tá tentando dizer é o seguinte:

Makibishi, it is poison! Touch the spikes, you will die…
Makibishi é veneno! Toque os espinhos e você morrerá...

Jelly fish (?) and two leaves crushed, make poison for ninja.
(Veneno de) Água-viva e duas folhas amassadas fazem o veneno ninja.

Makibishi dipped in poison
Makibishi é mergulhado no veneno

Ninja scatter makibishi on path
O ninja espalha makibishi no caminho

Makibishi kill horses, kill samurai
Makibishi mata os cavalos, mata o(s) samurai(s)

Makibishi not kill ninja
Makibishi não mata o(s) ninja(s)

Ninja always knew where makibishi hiding
O(s) ninja(s) sempre sabe(m) onde o makibishi está escondido


No início, até achei que não tinha ouvido direito, pois podia jurar que a "japonesa" falava makAbishi. Mas, visitando a página da tal empresa, vi que os caras tinham escrito o nome errado mesmo. Então, vamos às explicações semânticas:

Makibishi - 撒菱

撒 MAKI: espalhar; soltar; aspergir.
菱 HISHI (lê-se BISHI quando encontra-se ligado a outro kanji, como o segundo elemento do composto): losango; romboedro; planta asiática do gênero Eleocharis dulcis. Losango, por extensão, também significa objeto pontudo, que é o sentido do kanji nesse caso.

Tetsubishi - 徹菱

徹 TETSU: invadir; penetrar.
菱 HISHI (BISHI): com o mesmo significado descrito acima, de alguma coisa pontuda.

E para quem gosta de armas e objetos antigos, achei umas fotos nesse site aqui, em inglês, contando a história de uma família japonesa: Família Hirase.

Related Posts with Thumbnails